Eu era o outro. 
O outro de tuas outras horas, o outro de tua outra vida. Outrora sem janelas. Muralhas de rotina. Fui então o que não era, elemento que transcendia: sonho, tempo indomado, era o que não se podia... Me impõe agora lugar restrito, fazer de mim o teu legítimo? Barganhar nossa libido pelo aval desses beatos? Meu bem, eu protesto. Deixar de ser diverso pra nos tornar mutuamente únicos? Meu bem, eu me recuso. Mas sei que você quer... De repente, é só o que quer. Sacralizados, perdemos tudo. Um tão outro tudo... E eu era o outro.