Eu te amo... 
Amo você em movimento, os cabelos vermelhos, o delírio do corpo. Mil olhos sobre você e, casualmente, eu ali de novo. Mas uma hora a festa acaba. E as longas pernas cedem embriagadas. Sem temer o destino, sem saber que eu, cativo, garantia teu bem até que se recobrasse. No entanto, você sorria... Assim que acordava em meu quarto. E a cena se repetia, como a sorte de um amor que vingava ao acaso. “Meu príncipe”, você dizia... Como podia, se eu nem fui convidado? Se deus protegia os bêbados, eu era o capacho terceirizado. E, habituado a ser o carrasco, não me adaptei ao novo papel.