Eis minha covardia. 
A promessa que não ousei, não pude. Vil no sentido mesquinho e infame da vileza, não endossei certeza alguma além dos meus próprios limites. E, não sendo eu confiável, desconfiava de você em tudo, parâmetro que sempre me coube do menos torpe que havia no mundo. Sabendo de mim, eu temi por você. E temi que você o soubesse: fatídico e pontual era o horror do meu próprio instante. Amor nenhum a reteria, eu soube. Soube e sempre me aconteceu... No meu bom momento é fácil crer que me ama: sou impecavelmente adorável. Sou agora, bem agora, mas e no instante seguinte? E no seguinte? Pela brecha de um instante, o ensaio de uma vida se varre.

  • "Do pó viemos, ao pó retornaremos."
  • "De qual das minhas vidas você se despede agora?"
  • "Que se encerre cada brecha entre nós e o resto do mundo."